O Janeiro Branco é uma campanha promovida no Brasil desde 2014 com o intuito de discutir a saúde mental de forma ampla. Neste episódio, nossos podcasters aproveitam este período para refletir a importância de acompanhamento terapêutico, contam experiências anteriores psicológicas e debatem as dificuldades em torno da discussão sobre o acesso a serviços do gênero no Brasil.
Participam desse episódio Marcos Carnielo Neto, Paulo Alarcón, Thaís Mösken e Tiago Abreu.
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Notícias, artigos e materiais citados e relacionados a este episódio:
- Campanha Janeiro Branco
- Janeiro Branco: Conheça e entenda
- Janeiro Branco enfatiza a importância da saúde mental
- Saudavelmente UFG
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Transcrição do episódio
Tiago: Um olá para você que escuta o podcast Introvertendo, que é o primeiro podcast do Brasil a ser feito e produzido por autistas. Meu nome é Tiago Abreu, sou jornalista e host deste podcast, e hoje estou com mais três pessoas da equipe de introvertendo para discutir saúde mental.
Paulo: E aí pessoal, aqui é o Paulo Alarcón e eu sempre me perguntei em qual ponto eu posso ser considerado louco e cheguei à conclusão de que loucura não existe.
Thaís: Olá pessoal, meu nome é Thaís, e eu tenho quase certeza de que minha saúde mental está totalmente interligada aos jogos de RPG.
Marcos: Olá, eu sou o Marcos, e apesar de não ter muita autoridade no assunto de saúde mental, já que eu não tenho nenhuma, eu tô aqui para dar minha opinião sobre o assunto.
Paulo: Janeiro Branco é uma campanha criada em 2014 que tem, como objetivo, divulgar a questão da saúde mental e principalmente quebrar os tabus relacionados com isso. Foi criado em Minas Gerais onde foram realizadas uma série de palestras sobre saúde mental. E desde então ele tem ampliado aí no Brasil. Hoje ele recebe apoio de várias instituições relacionadas com a questão da saúde mental, como os conselhos de psicologia for exemplo. A ideia é mostrar para as pessoas que não existe a questão da loucura nos transtornos mentais e que eles precisam ser tratados e as pessoas tem que perder o medo da figura do psicólogo e do psiquiatra e nos ajuda quando necessário.
Thaís: Eu acho que é mais importante a pessoa procurar o seu próprio bem estar acima de outros conceitos mais genéricos, como se sentir bem mentalmente sem medo de se sentir esquisito.
Tiago: É muito importante discutir essa campanha no âmbito do autismo porque envolve duas questões. A primeira é que autismo, como uma condição que exige acompanhamento toda a vida, é também às vezes mal vista entre alguns autistas. Já vi muitos autistas na internet, por exemplo, se vangloriando do fato de não receber em algum tipo de assistência. Mas, ao mesmo tempo, esses autistas costumam se queixar muito das dificuldades. As pessoas sempre tem essa imagem de que profissional médico é para quem está “louco” ou para quem precisa de medicação. E, na verdade, todo mundo deveria fazer terapia, todo mundo deveria se tratar. Isso não é “loucura” e, se fosse, qual é o problema?
Marcos: É importante lembrar que autistas tem muito mais propensão a sofrer de transtornos mentais do que a população em geral. A depressão e ansiedade, como a gente já falou várias vezes durante o podcast, é um problema constante na vida da maioria dos autistas. Chega pelo menos a 60% da comunidade em geral, então é algo que a gente tem que tomar bastante atenção e cuidado e se conscientizar mais sobre isso. Inclusive o estigma que tem de frequentar um psicólogo ou psiquiatra, ou se caso necessário necessitar de medicação, é algo que a gente tem que desconstruir porque é um estigma besta da sociedade que já associou cura com o tratamento psiquiátrico. Temos que encarar como algo que é normal. Do mesmo modo que as pessoas vão no médico, do mesmo jeito que elas vão no cardiologista, e não tem esse estigma todo que há para os profissionais da área da saúde mental.
Tiago: Considerando que todos nós quatro passamos por um diagnóstico tardio de autismo, eu queria perguntar para vocês quanto que a temática da saúde mental entrou pela primeira vez na vida de vocês.
Marcos: Primeiramente a gente tem que definir exatamente o que querem dizer com saúde mental no contexto do Janeiro Branco. E, no contexto da campanha, a saúde mental é definida como uma condição psicológica na qual você consegue carregar as tarefas básicas do dia a dia. Você consegue lidar com o estresse diário que é normal de uma forma saudável. Não significa que a gente precisa ficar feliz o tempo todo, mas simplesmente que a gente consiga lidar com os problemas e o estresse do dia a dia de forma que a gente consiga viver uma vida normal e saudável.
Paulo: Eu demorei muito tempo para buscar ajuda psicológica. E mesmo assim foi um caminho longo entre negação e sensação de que eu realmente precisava de ajuda, mas foi em 2017, quando eu tava na pós-graduação, que eu tava tendo muitas crises, até auto agressão.
Thaís: Quando eu era pequena, eu cheguei a fazer um tratamento com psicóloga. O propósito inicial, segundo uma carta que tinha da psicóloga, era que como os meus pais eram separados e como eu tomava um remédio específico para um problema hormonal que eu nasci, essas coisas provavelmente influenciavam o meu bem estar. Eu era bem criança e basicamente o que a psicóloga fazia era brincar. Tinha principalmente um jogo de montar coisas que eu gostava bastante e ela ficava me fazendo perguntas enquanto eu ficava montando coisas. Até então ninguém tinha comentado alguma coisa a respeito de autismo naquela época. Fiz esse acompanhamento por bastante tempo. Depois da época do ensino médio eu tive um problema com um relacionamento e falei com a minha mãe que eu achava que eu devia tentar um acompanhamento. Eu cheguei a fazer algumas sessões mas também não prossegui. Tem uma coisa que eu acho importante frisar: por mais que a minha família tem várias ideias com as quais eu concordo, tem algumas coisas um pouco complicadas. Por exemplo, a gente falava muito (eu inclusive) que diversos transtornos eram frescura. Por muito tempo eu achava que essa história de depressão e tudo mais era frescura das pessoas e eu não sabia durante a faculdade que eu estava em depressão. E não só não sabia como se eu tivesse descoberto eu não teria falado para absolutamente ninguém. Essa época em que eu era mais velha eu já tinha um certo receio de procurar ajuda psicológica de qualquer tipo, porque tinha entronizado em mim a ideia de que isso era uma coisa para uma pessoa fraca, uma pessoa que não tinha problema de verdade. Então eu realmente pensava: “Ah eu só tenho esses probleminhas do meu dia a dia porque eu não preciso pagar as contas da minha mãe”. Eu penso que se eu tivesse buscado uma ajuda psicológica nessa época da faculdade teria sido um período muito menos péssimo porque basicamente assim que eu olho para a faculdade. Só me lembro de coisas muito ruins. O diagnóstico do autismo só veio depois da época que tinha me formado, que eu comecei a pesquisar empregos para pessoas antissociais, e acabei me deparando com uma página falando sobre síndrome de Asperger. E depois do meu diagnóstico eu não fiz um acompanhamento psicológico específico. Eu converso com pessoas mas sem o acompanhamento médico de fato. Não estou dizendo que isso seja recomendado, mas é só relato de como as coisas são atualmente. Hoje em dia eu me sinto muito bem com as coisas, como a minha vida está muito melhor, a forma como tenho encarado as coisas mudou muito, então eu consigo me sentir tranquila sem esse apoio médico específico.
Marcos: Eu acho que eu já tive períodos depressivos quando eu era criança na época eu sofria bullying na escola, por volta de 2007. Eu não tinha acompanhamento de psicólogos e psiquiatras na época, então eu não sabia que eu tinha depressão. Foi só quando eu comecei a frequentar o Saudavelmente, quando o Tiago se aproximou de mim por volta de 2016, eu sabia que eu estava deprimido. Nos primeiros dois anos da faculdade eu estava num estado mental muito bom, no meu pico, tive uma queda brusca no outro ano e as coisas começaram a ficar mais difíceis. Eu notei que eu estava começando a deteriorar muito rápido, mas não cheguei a procurar ajuda psicológica e psiquiátrica na época porque eu não sabia que o tratamento é tão eficiente e eficaz. Foi só quando eu comecei a frequentar o Saudavelmente e fazendo terapia com a Tatiana, psicóloga no saudavelmente da UFG, ela conseguiu convencer que eu fosse me consultar com psiquiatra local que era a doutora Patrícia. Foi aí que eu comecei a tratar minha depressão com medicamento, porque a terapia para mim não tava dando resultado. A Tatiana me fez perceber que talvez medicamento fosse uma opção viável. Eu sei que o medicamento para mim foi muito eficaz e toda vez que eu começo a ficar ruim eu já procuro o atendimento imediato porque eu sei que eu melhoro bastante quando eu estou medicado.
Tiago: No meu caso, eu posso dizer que o ponto importante foi no final do ensino médio que foi exatamente na época que tinha suspeita do diagnóstico. A minha vida estava totalmente desajustada, um ensino médio cheio de bullying e problemas acadêmicos, notas despencando, mas tratamento psiquiátrico no Brasil é caro. O acesso é muito difícil; você tem uma quantidade pequena de pessoas que conseguem ter acesso aos serviços e o serviço não necessariamente é de boa qualidade. Eu só fui ter um acesso frequente e acessível para mim dentro do contexto da universidade, que foi no Saudavelmente. O saudavelmente me permitiu que eu pudesse ter consultas toda semana, acesso a medicamentos às vezes até de graça (medicamento é caro) e eu fiz tratamento durante quatro anos. Não tenho como separar, por exemplo, a minha experiência dentro da universidade com o tratamento da saúde mental, porque enquanto estava na universidade estava sendo atendido. Depois que eu terminei a graduação, encerrou totalmente esse ciclo. A minha sorte é que, quando eu terminei a graduação, estava num momento muito bom da minha vida que continua até agora e eu estou autônomo o suficiente para não precisar de serviço nesse momento. Mas o autismo, como uma condição que está com você desde que você, exige que você seja acompanhado o resto da vida. Eu acho muito difícil que pessoas dentro do espectro precisem de acompanhamento por pelo menos um longo tempo.
Marcos: Até porque os rebotes de crises são constantes e cíclicos na nossa vida, né. A qualquer momento a gente pode chegar a colapsar de novo e voltar a ficar num estado ruim, então a gente tem que sempre estar tratando esses círculos que vão e vem.
Thaís: Hoje em dia eu me sinto muito bem com a minha vida, mas isso ainda acontece. Me pergunto se não vale a pena eu ir atrás de um acompanhamento (e talvez vocês compreendem isso), mas eu odeio adicionar coisas a minha rotina e ter que sair de casa, sair do meu caminho tradicional de casa/trabalho e eu já adicionei algumas coisas nesse nesse aspecto. Então tudo que eu consigo evitar eu evito, fazendo inclusive escolhas um pouco estúpidas, que eu reconheço que logicamente elas são estúpidas. Por exemplo, aquele problema que eu falei que eu nasci com ele, eu não acompanho há mais de um ano. É importante, só que sempre penso: “OK, eu vou marcar uma consulta, mas eu não tenho nem um dia dessa semana que eu esteja pensando em sair da minha rotina, então depois eu penso sobre isso”.
Paulo: Eu tenho o mesmo problema e até linkando com que o Marcos falou sobre as crises cíclicas, para mim o que dispara muitas crises são situações estressantes e uma delas é a mudança de rotina. Pode ser desde uma mudança de emprego uma mudança de projeto, qualquer coisa muito grande.
Tiago: Eu me relaciono bastante com essa questão da mudança de rotina porque quando eu terminei a graduação, a minha vida ficou mais estável. Eu trabalho em casa, resolvo todos minhas coisas em casa, eu não preciso sair, eu fico muito tempo parado e isso de uma certa forma teve um benefício na minha vida tão grande, tão absurdo, que a diferença é muito grande de quando eu estava na graduação e agora que eu não estou. Eu consigo ter mais estabilidade de vida e mais tranquilidade para lidar com as coisas justamente porque eu tenho um maior controle sobre a minha rotina e sobre as atividades que eu faço. Eu fico pensando também que as pessoas dentro do espectro tem dificuldade de identificar suas próprias emoções. Inclusive a própria Thaís falou sobre o fato de estar na graduação, ter problemas com depressão e só identificar que isso é depressão depois. E como falar com as outras pessoas sobre a sua dificuldade se você mesmo não consegue identificar?
Paulo: Isso foi um problema particularmente grande quando eu tava na adolescência, que eu tinha sensações que até hoje eu não consigo descrever.
Thaís: Eu acho engraçado que eu já estive em diversas situações, em situação de saber o que eu estou sentindo mas não sabe escrever e classificar com as palavras que as pessoas normalmente usam; eu já cheguei também não saber o que eu estou sentindo e já aconteceu também de pessoas perceberem que eu estou com alguma coisa antes de eu perceber, então é muito difícil encontrar um padrão nisso já que que tem tantas coisas diferentes que podem acontecer com relação a sentimentos. Quando a gente percebe que tem um problema e não conseguimos imaginar alguma solução, conversar com as pessoas que têm impacto na nossa vida pode nos ajudar encontrar outras soluções. Mas acho que o primeiro passo é realmente a gente conseguir compreender o que que tá acontecendo.
Tiago: E aí entra uma outra questão, que inclusive citei no episódio de Setembro Amarelo: para quem contar? Porque há pessoas próximas a nós que tem impacto na nossa vida, como você mesma disse, mas muitas vezes são pessoas que não possuem uma preparação ou um nível de reflexão aprofundado para conseguir lidar com isso… e não necessariamente propor soluções, mas simplesmente apoiar. Que estratégias podemos criar para isso?
Thaís: Acho que a principal característica que eu procuraria em uma pessoa, para tentar generalizar um pouco mais, é uma pessoa que saiba ouvir, aquela pessoa que realmente para para ouvir o que você tá falando e dá uma resposta com base no que você disse e não a pessoa que já tá com uma resposta pronta independentemente do que você diga. E eu acho que nem sempre a gente tem uma pessoa desse tipo. E, além disso, eu também falaria com meu chefe, porque o meu chefe costuma encontrar soluções.
Paulo: Eu me considero uma pessoa com muita sorte, pois tenho alguém com quem contar as coisas, que é a minha esposa. Mesmo no trabalho, lá pessoas que com quem eu posso conversar.
Marcos: Essa questão varia bastante de indivíduo para indivíduo, porque cada pessoa tem uma situação diferente. Não dá para falar uma coisa que seja genérica e que sirva para todo mundo. No meu caso, tenho meus amigos que eu conto as coisas, minha mãe eu também posso me abrir com algumas coisas, mas como a Thaís também eu tenho problema de não poder contar tudo para minha mãe. Eu sempre converso com meus amigos, mas eu geralmente sou bastante introspectivo e eu tenho uma facilidade grande de entender o que estou sentindo, o porquê tô sentindo as coisas, eu tenho uma capacidade de me autoanalisar que foge um pouco da média dos outros.
Paulo: E vocês acham que influenciam o meio em que estão inseridos quando vocês estão em momentos ruins?
Thaís: Esse é um ponto que eu acho bem importante, porque além de cuidar da nossa saúde mental, isso também influencia as pessoas que lidam com a gente. Então tanto a nossa família e a pessoa que trabalha com a gente vai acabar percebendo essa diferença. Hoje eu tive um dia bastante complicado e eu não estava conversando muito com as pessoas do meu trabalho, mesmo em coisas que eu precisava passar para elas. Então claramente eu tive não apenas um desempenho diferente dos outros dias, mas um comportamento que tem um impacto nas pessoas ao meu redor. Então eu acho importante a gente se conscientizar também de que, assim como as outras pessoas nos impactam de alguma forma, a gente também acaba impactando as outras pessoas. E buscar estar “bem”, no caso, buscar um certo equilíbrio, acaba tendo influência melhor também sobre os outros.
Marcos: Eu acho que o que vocês falaram é importante, que a gente deve estar ciente do nosso impacto sobre quem está ao redor. Eu não sei se essa experiência vale para todos os autistas, mas eu falo por mim que eu tenho a tendência de ser extremamente autocentrado, e embora eu esteja sempre ciente do que eu tô sentindo, eu tenho mais dificuldade em perceber o meu impacto nas pessoas. Então acho que é importante a gente estar ciente também que a nossa condição afeta também as pessoas que tem que conviver com a gente, então é uma coisa que a gente tem que manter em mente e levar a sério mesmo.
Thaís: Muitas vezes a gente só vai descobrir que teve um impacto sobre outra pessoa se a outra pessoa falar, e às vezes é da de algumas formas bem rudes. Eu já ouvi alguém virar para mim e falar: “Você não tem ideia de como eu fiquei triste por causa disso e você devia se tratar”. Então esse tipo de coisa deve acontecer no dia a dia de alguns dos nossos colegas e não é simples.
Paulo: E isso é muito importante porque se você não fala do que você tá acontecendo, existe um risco de você ficar desgastado no trabalho até uma demissão. E, no relacionamento também, se você não se abrir com a outra pessoa, pode até levar o fim do relacionamento.
Tiago: Já falamos várias vezes sobre depressão e transtornos no nosso podcast e aí vem aquela pergunta de sempre: Qual o tipo de assistência que a gente precisa procurar em situações em que a gente vê que a nossa saúde mental está “abaixo da média”:?
Marcos: Nesse caso, a gente precisa procurar mesmo são profissionais. São os médicos psiquiatras que podem diagnosticar de forma específica e, caso necessário, recomendar tratamentos ou medicação, você também pode procurar psicólogo para fazer terapia, então acho que ajuda profissional é mais importante.
Thaís: Eu sou uma pessoa que testa as coisas em mim, verifico o que funciona melhor e tento seguir esse caminho; então eu acho que, se você sente necessidade de uma ajuda psicológica, um apoio profissional, acho super válido. Mas se você tiver essas dificuldades que eu tenho, de ser muito difícil sair da rotina, eu busco atividades que me fazem bem e que eu não dependo de ninguém para fazer. Eu decidi que que eu ia caminhar esse final de semana, ler alguma coisa, jogar RPG também é uma coisa que acaba me ajudando a compreender o que está acontecendo… Pode parecer bastante besta, mas uma vez que eu consigo entender melhor o que tá acontecendo, eu consigo direcionar o meu foco para para lidar com aquilo e resolver o problema dentro do possível.
Paulo: Para quem não tem plano de saúde e não tem dinheiro, você pode procurar ajuda no CAPS, o Centro de Atenção Psicossocial, que atende as pessoas na maioria das cidades.