Encerramos o Introvertendo em 2019 com muitas histórias e novidades para apresentar em 2020. Mas, antes disso, fazemos uma pausa para relembrar nossa trajetória, as conquistas até aqui, o que aprendemos com o processo e, claro, o que vocês podem aguardar de nós em breve. Pode ter certeza que há muita nostalgia e bastidores neste episódio.
Participam desse episódio Tiago Abreu com depoimentos e vozes de Michael Ulian, Otavio Crosara, Paulo Alarcón, Thaís Mösken e Yara Delgado.
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Notícias, artigos e materiais citados e relacionados a este episódio:
- Estudante da UFG com autismo rompe barreira e cria podcast feito por e para autistas
- Introvertendo na Record TV
- Um jornalista e um musical… com autistas
- Introvertendo no Expocom 2019
- Fizemos um ensaio fotográfico
Transcrição do episódio
Tiago: Um olá pra você que escuta o podcast Introvertendo. Este é o primeiro programa do Brasil sobre autismo que é feito por autistas. Meu nome é Tiago Abreu, sou jornalista e host deste podcast e hoje o episódio é completamente diferente de qualquer outro que você já tenha ouvido aqui. Hoje a conversa não é com os meus colegas de podcast que também são autistas. É com você que nos ouve há muito tempo ou até mesmo pela primeira vez. O Introvertendo existe há mais de um ano e meio e, de lá pra cá, temos muitas histórias e momentos para relembrar. Se você já nos ouve desde os primeiros meses, certamente vai voltar no tempo e saber os bastidores da nossa produção. E se você ainda está conhecendo este podcast, é hora de saber quem nós somos e o que motivou 8 autistas falarem sobre autismo na internet. vamos lá?
Bloco geral
Tiago: Goiânia, abril de 2016. Estou na Universidade Federal de Goiás, em Goiânia, e recebo a mensagem de uma psicóloga no WhatsApp. era a Tatiana Dunajew, funcionária do Saudavelmente, um espaço focado em saúde mental que atende alunos e servidores. Ela conseguiu meu contato por meio do Núcleo de Acessibilidade da universidade. O motivo era básico: Ela tinha me dito sobre um aluno autista do curso de Medicina que não conhecia outros autistas. Segundo Tatiana, o contato seria interessante pra ele. Eu topei ir.
Na sala de espera, percebi de relance um cara alto e meio espaçoso chegar. Ele se chamava Otavio. A primeira impressão, no consultório, era meio engraçada. Desenvolto, ele fazia argumentações sofisticadas, falava relativamente alto e eu não sabia se gostava ou odiava aquilo. A partir daquele dia, Tatiana teve a ideia de montar um grupo semanal para interagirmos. Não demorou muito para que outras pessoas chegassem. O segundo a aparecer era um paranaense chamado Michael Ulian, que tinha acabado de chegar a Goiânia para cursar Geologia. No início, Michael era um pouco arredio, não se mostrava muito confortável entre nós. As coisas mudaram aos poucos, quando sua fobia social passou a ser um problema menos significativo e seu humor atípico era como um choque nas nossas conversas.
E um dia, estava eu andando pela universidade quando avistei Marcos Carnielo Neto. Ele sempre andava sozinho e com fones de ouvido. Eu sabia quem ele era porque tínhamos conversado por e-mail em uma ocasião. puxei conversa com ele e o convidei ao grupo. No final daquele ano, o Grupo Asperger era basicamente formado por mim, Otavio Crosara, Michael Ulian e Marcos Carnielo Neto, as pessoas que, de certa forma, seriam a chamada “formação básica” do Introvertendo.
Em setembro de 2016, eu conheci Luca Nolasco. Ele era um adolescente de 16 anos que vivia em grupos de memes e podcasts pelo Facebook e estava se preparando para terminar o ensino médio. Pouco tempo depois, ele estava lidando com um recém diagnóstico de Asperger. O tempo passou e eu queria juntar todas aquelas pessoas em um projeto só. No ano de 2017 todos já se conheciam, inclusive o Luca, que interagia frequentemente conosco. Mas era difícil o contato. Marcos e Luca não conseguiam frequentar sempre o grupo, e Michael enfrentou um período extremamente crítico de depressão. Essa depressão, inclusive, fez Michael ficar meses ausente sem conseguir sair de casa. Em junho de 2017, quando ele conseguiu voltar à vida ativa, fui visitá-lo em sua casa para fazer um perfil. Era uma tarde quente em pleno cerrado, e conversamos até o início da noite.
Michael: Olha só, a lixeira aberta. Que útil. Não é você que eu quero. Podia ter entrado no…
Tiago: 8GB de RAM!
Michael: Orgulho! Minha vida é essa [processador Core i5] 7400. É porque custou meu fígado. E o mais legal, deixa eu ver.
Tiago: E quanto ficou, no total?
Michael: Eu não lembro, acho que ficou R$ 1600 ou 1300, alguma coisa assim. Vamos ver como tá hoje. No começo ele tava pegando 3.4 GHz.
Tiago: Naquela ocasião, Michael falou de seu passado, presente e até o futuro. E disse algo que, na época, não saiu da minha cabeça.
Michael: Talvez o Asperger se comunique de uma forma diferente que seja impossível dele absorver a linguagem normal (pelo menos completamente). Obviamente, a gente tá falando em termos literais, mas as coisas são menos inflexíveis na prática. Tanto é que a gente está tendo uma conversa agora! Mas enfim…
Tiago: Era 7 da noite e, no máximo do meu estresse na direção do carro, segui direto pra casa pensando naquilo. O perfil que escrevi sobre a história de vida do Michael foi muito bem recebido e nossa interação foi algo a se destacar. No final de 2017, surgiu a oportunidade de fazer um radiodocumentário sobre autismo com alguns colegas do curso de Jornalismo. e obviamente pensei em gravar relatos dos meninos. Na época, Marcos prometeu gravar e entregou o material com atraso, então nem cheguei a utilizar. Otavio e Luca gravaram em seus apartamentos, e Michael falou diretamente comigo de frente ao Museu Antropológico da universidade, um local que era a sua paixão.
Michael: Eu devo recomeçar do zero?
Tiago: O radiodocumentário era a prova que eu queria de que era possível fazer um podcast. Era perfeito. Teríamos um público menor do que um canal no youtube por exemplo, mas não precisaríamos ser filmados e nem mesmo preocupar com cenário. Mas eles não toparam a princípio. Até que eu comprei um servidor de áudio e comecei a montar o site. E, claro, tive um incentivo da psicóloga Tatiana para que pudéssemos usar a sala terapêutica após as sessões. O nome Introvertendo foi sugerido pelo Luca. E o slogan “um podcast onde autistas conversam” surgiu a partir daquela entrevista com Michael em 2017.
Tiago: No primeiro dia estavam Marcos, Michael, Otavio, Luca e eu, além do Abner, um estudante de Arquitetura também autista, para conversar sobre galinhas. Bem, esse episódio nunca foi lançado e permanece guardado à sete chaves, e vocês devem imaginar o motivo. Continuamos experimentando. Dias depois, gravamos a maioria dos primeiros episódios disponíveis aqui no podcast, como o “Diagnóstico de Síndrome de Asperger” e “Vida Universitária”. E, claro, o de Terapia do Amor, em que Michael se destacou contando autisticamente a história da reprodução animal. Além de Luca, Marcos, Michael e Otavio, o podcast também contou com as participações do Abner, Leticia e Guilherme. Leticia era estudante de Artes Cênicas e ficou conosco por uns meses, e Guilherme era estudante de Ciências da Computação.
Logo depois que o podcast começou, Michael teve problemas pessoais, trancou o curso e foi embora para o Paraná. Leticia ganhou uma viagem para Nova Iorque. Eu comecei a trabalhar intensamente no meu TCC. Cada um foi naturalmente ficando sem tempo. Com a demanda de episódios, os encontros presenciais eram menos frequentes e nossa formação foi mudando. Nesta época, recebíamos emails de uma ouvinte, também autista, chamada Thaís Mösken.
Thaís me intrigava por seus longos e-mails bem escritos e com insights interessantes sobre as discussões que eram feitas. Ao mesmo tempo, também recebi mensagens de um analista de sistemas chamado Paulo Alarcón. E eu chamei os dois para gravar à distância um episódio sobre mercado de trabalho, o de número 26.
Thaís: Então boa sorte! Acho que é a melhor palavra! (risos)
Tiago: Obrigado! Até mais!
Thaís: Tchau tchau!
Tiago: Daquele episódio em diante, Thaís e Paulo seguiram como uma extensão do Introvertendo, um lado mais maduro e menos inconsequente das nossas discussões. Naquela época, já tínhamos um estilo diferente e passamos a focar em temas mais sérios. Foi aí que veio o primeiro convite de evento que abriu as portas para nós. Em outubro de 2018, fui chamado para falar sobre o podcast num evento da UFG. Em seguida, uma jornalista me entrevistou para uma matéria. No final de semana, o Introvertendo já era assunto em vários grupos de autismo na internet.
Não demorou muito para que eu recebesse uma ligação da própria universidade. A afiliada local da TV Record queria fazer uma entrevista comigo e eu me virei pra juntar Otavio e Luca mesmo naquela correria da época. A reportagem foi gravada e exibida no dia 8 de novembro de 2018.
Paulo, repórter: O Otavio é estudante de Medicina, o Tiago é estudante de Jornalismo e o Luca acabou de concluir o ensino médio. Aparentemente eles não tem muita coisa em comum. Mas além de compartilharem o mesmo espectro do autismo, eles se reúnem semanalmente para gravar um programa para a internet.
Tiago: O nosso primeiro final de ano foi uma festa total. Eu ainda participei do TEDx Goiânia pra falar um pouco sobre autismo e o Introvertendo, terminei a graduação e recebi convite para ir ao TEDx da cidade de Tatuí, em São Paulo, que ocorreu em março de 2019.
Tiago: Mas o autismo não é um simples padrão diagnóstico. Ele é um espectro, que varia entre graus mais altos, em que incluem dificuldades de verbalização, e também inclui graus mais leves, em que a interação social é o principal ponto de dificuldade.
Tiago: O Introvertendo já começou de forma extremamente agitada em 2019. Representando o podcast, estive no interior de São Paulo, conheci o mar pela primeira vez no Rio de Janeiro e também falei sobre autismo no frio de Porto Alegre. Em porto alegre, no mês de junho, conheci pessoalmente o Willian Chimura. Nós já trocávamos muitas conversas diariamente sobre autismo e a comunidade, e dali em diante nossos contatos foram se estendendo. A participação do Willian foi e é muito importante no nosso podcast até hoje. a Thaís, por exemplo, gravou o episódio 44 com ele e lembra desse momento.
Thaís: Um momento que me marcou no podcast foi quando a gente gravou com o Willian Chimura e ele fez um comentário sobre uma memória dele a respeito das letras gravadas em folhas de papel e como ele lembrava, inclusive, da textura do papel. Para mim é bem comum ter memórias que misturam diversos sentidos, no mínimo eu relaciono o que eu tava pensando ou o que eu tava sentindo com o lugar em si. Então se eu passo de novo naquele lugar, eu vou me lembrar que aquele dia eu estava pensando e sentindo tal coisa. Só que eu fui aprendendo, na tentativa e erro, que as pessoas achavam que eu estava dramatizando muito a história quando eu descrevia essas sinestesias, e elas sentiam isso como algo artificial. Como muitas coisas, eu fui ajustando a minha forma de descrever algo (de novo) na tentativa e erro pra sempre omitir essa parte, já que tinha esse efeito negativo. Em um texto é muito mais fácil a gente apagando porque eu vou revisando o que eu escrevo. Mas falando é mais difícil, então eu precisava pensar um pouco para conseguir o omitir esse pedaço. Só que, na verdade, eu acho que esses detalhes tornam aquela lembrança muito mais exuberante. E é exatamente o que me permite às vezes mudar tudo o que eu tô sentindo só me focando em uma memória específica. Então, se eu estou me sentindo mal e eu foco em uma memória boa que tem todos esses elementos, é como se ela tivesse acontecendo de novo. E por muito tempo eu generalizei as pessoas dizendo coisas como: “Elas não vão entender, elas todas consideram isso artificial”, e hoje eu tenho conhecido algumas pessoas – poucas, de fato muito poucas – que apreciam quando eu apresento um aspecto diferente de determinado assunto. Inclusive essa sinestesia são aspectos muito diferentes e às vezes muito peculiares. Então essas pessoas não tornam esse tipo de interação cansativa quando a gente coloca os mais diversos aspectos dentro de uma conversa. E hoje em dia, com algumas dessas pessoas eu tenho compartilhado essas percepções sinestésicas que me vem à mente, e sempre que eu faço isso eu acabo lembrando da folha do Chimura, que eu passei a chamar desse jeito. E eu sempre imagino uma folhinha com as letras escritas e uma mão se movendo sentindo a textura dela. Então para mim é uma memória agradável que acabou desencadeando alguns outros pensamentos a respeito disso.
Tiago: Outra pessoa que se fez presente foi o Pedro Henrique Quiste. Apesar de não ser autista, Pedro compartilha o fato de ser, assim como eu, do Jornalismo e também produtor de conteúdo de podcasts. No mesmo mês de junho, o Introvertendo venceu a etapa regional do prêmio Expocom, uma das principais premiações da área de comunicação. Assim, nosso podcast virou finalista da etapa nacional, que ocorreu em Belém, no mês de setembro de 2019. E, sim, o Introvertendo venceu a categoria nacional concorrendo com outros quatro trabalhos de diferentes regiões do país. Fiquei até sem reação quando o nome do podcast foi anunciado no palco. Ao sair de Belém com o troféu, também voltei com muita alegria e com a sensação de que estávamos no caminho certo. É claro, toda a equipe do Introvertendo comemorou comigo. O Otavio, por exemplo, lembra muito desse momento.
Otavio: Aí eu fiquei boquiaberto, porque eu gosto muito que a gente faz, mas eu não imaginava que o pessoal desse tanto crédito assim, sabe? Eu fiquei embasbacado. Aquilo ali foi para mim a coisa mais doida, foi ali que eu percebi que esse podcast ia muito mais além do que eu esperava.
Tiago: Nossa atual formação também se estabilizou logo no início de 2019 com a entrada da Yara Delgado. Autista e mãe, na época, de 4 filhos, ela foi um resultado direto da nossa inquietação da baixa quantidade de mulheres na nossa equipe. Durante este ano, Yara teve seu quinto filho e até gravou um dos episódios mais recentes do podcast até agora, o 79, com ele nos braços. Ela conta um pouco sobre esse momento.
Yara: E ele foi muito especial pelo momento, porque eu tinha retornado recentemente às gravações do Introvertendo, que eu gosto muito, também representou a comemoração do nascimento do meu filho Luan junto com o meu aspie preferido, o meu lindão, e a gente tá bem feliz com nosso filhinho. Então eu fiquei muito feliz de transmitir, por meio do podcast, essa mensagem para nossa comunidade de que é possível ser autista e mesmo assim se relacionar, é possível ser bem feliz, é possível formar família e é possível viver a dois.
Tiago: Ao longo de um ano e meio, mais do que estar presentes nos eventos de autismo pelo país, ouvimos muitas histórias de vocês. São longos emails, mensagens no Instagram, Facebook e Twitter e, claro, também os comentários no YouTube. Começamos a fazer ocasionalmente alguns vídeos discutindo temáticas do autismo, o que fez as pessoas também identificaram não só nossas vozes, mas nossos rostos. E falando em rostos, Luca, Marcos, Otavio e eu fizemos um divertido ensaio fotográfico em maio de 2019, capturado pelo fotógrafo Rafael Barbosa. E é claro, esse momento está lá disponível no nosso canal do YouTube. Foi nosso último encontro com Marcos antes que ele também fosse embora de Goiás.
Mudanças de cidade e estado nos forçam a lidar com o novo, com o desconhecido, com a imprevisibilidade da vida que é tão complexa para nós. Precisamos de muito planejamento e a típica organização autística para deixar tudo de pé. E está dando certo, né? E é isso que vamos continuar a fazer em 2020, com a sua companhia, a cada episódio lançado a cada sexta-feira, dos primeiros até os últimos segundos que rolam em seus ouvidos. E agora é hora de falar sobre o nosso presente e futuro.
Nossa primeira novidade é que, a partir de agora, o Introvertendo deixa de ser uma produção independente e se transforma em um podcast da Superplayer & Co. A Superplayer & Co vai nos ajudar em todas as etapas de produção e pós-produção do Introvertendo, e você pode aguardar muitas mudanças sonoras e visuais em nosso podcast – e, claro, para melhor! Nossa segunda novidade é que focaremos completamente no podcast. Com isso, vamos fechar nosso fórum e também vamos parar de publicar os episódios do podcast no YouTube. Mas não se preocupem, o conteúdo continuará disponível nas plataformas e teremos toda a preocupação com as músicas de fundo. E a terceira novidade é que vamos ter muito conteúdo novo no Introvertendo. Isso significa reportagens em áudio, séries temáticas, muito material narrativo, e também vamos conversar com outros profissionais e estudiosos do autismo.
E se você está se preocupando com a nossa identidade e o formato já conhecido, não se preocupe. Não vamos mudar radicalmente. Sempre, de tempos em tempos, você vai continuar conferindo o nosso bate-papo autístico. E por fim, vai ter Introvertendo em outras cidades. Ao longo de 2020, nossos integrantes vão estar em eventos em diferentes lugares do brasil, como Fortaleza, Rio de Janeiro e Porto Alegre. aguardem!
Este foi o nosso penúltimo episódio do Introvertendo em 2019. Na próxima sexta-feira, temos o nosso último conteúdo produzido de forma independente: um episódio especial de 7 horas com a presença de todos os nossos integrantes. se teve curiosidade, é só aguardar. Enfim, esperamos vocês conosco em 2020, com uma nova cara e uma mesma paixão: ser um espaço onde autistas conversam. Um abraço e até breve!